quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CLÍMAX(CLÍMAX!) - nomenclatura enciclopedia

O homem se rebaixou
E abaixo das ervas
Onde está,  jacente,
Tal qual o rio à jusante,
De indivíduo foi transmutado em povo,
Sendo  o homem individual
Na categoria de substância
A primeira substância,
A substância-prima, o sujeito
De que trata  o filósofo Aristóteles
Em seu tratado sobre as categorias ;
Portanto,  deixou de ser o sujeito gramatical ,
O sujeito lógico e ontológico,
A consonar com a metafísica do estagirita
Que, outrossim, versa sobre as categorias.

Mister  educar o povo,
Que deixou de ser homem,
Para ser massa amorfa,
Para deixare os poetas
Viverem  em paz,
Porquanto morrer já não importa
Se é torta a sebe
Por onde a liana sobe
Aliada ao léu
Que voa pela céu
Qual  no téu-téu
Ateu de mel,
Amante sob dossel
O beijo sob o véu
Colhendo da noiva de Klimt
Mestre da art nouveau
E quase do nonsense.

Educar o povo parvo
Para que seus alcaides
E seus barões assinalados pelo estro de Camões
E seus leiteiros desmamados do estro de Drummond
E suas futuras assombrações pelas vielas tortas, mortas,
Quase piegas no estro de Quintana
Na madrugada que é uma porta
Aberta ao madrigal do trovador provençal
De gaia ciência, gai saber, gaia sabedoria
Descrita da pespectiva de desdita de Nietzsche
Com foles de cata-ventos
- que faça o alcaide, do alcácer,
Permitir por olvido
Que  as cidades possam respirar,
andar descalças
no rasto dos carmelitas descalços,
filhos humílimos do profeta Elias
que saiu do Monte Carmelo
onde havia uma escola de profetas
onde haviam já, à época,
poucos homens e muito povo,
ensaindo ensinar
o que Deus ensinou aos profetas profanos
e aos poetas sacros
descritos na etnografia anteMalinowski
e nos ensaios e geoglifos
ou escritos com glicose
tracejados pelo Ancião dos Dias
que cuida de alva e noite
- para ele tudo noiva
Do seu filho Jesus.

As moles dos edifícios,
Toda a massa seca de concreto armado
( armado contra a umidade!,
Contra as guelras dos peixes!,
As brânquias (Oh! As brânquias!),
O asfalto que não absorve a água,
A ausência de árvores, ervas, lianas,
Formas arbustivas de ipê roxo
A pintar a aquarela  para o artista naturalista,
Enfim, todo um labor de joalheiro com vidros,
Que somente seguram besouros batedores,
Uma batedora das abelhas, das vespas, formigas...
Um batedor dos cupins não há
Porque os cupins
Vem para ficar, não enviam batedores,
Nem emissários,
- tudo isso arrolado
E não elencado e concerto
Seca  a seca na boca,
Enxuga a água na boca,
E vai tirando  de nós,
de cada um, um por um,
o peixe que somos
na água mitigada em umidade,
que são nossas brânquias
aparelhadas no ar,
- isso depois que saímos do mar e do rio,
Após nossa fase e face de anfíbios,
Mensuradas em tempo geológico,
- batráquios  que morreram aos montes santos,
- insanos!,
Empilhando com seus corpos
montes de mortes,
 montanhas de mortos...
( Secos da seca do nordeste de Graciliano Ramos
Os tristes olhos do desepero
Mesclados com meiai-morte
Da minha irmã “Pietà”
Que perdeu o filho
Para a hipocalemia,
Pregado na cruz da hipocalemia!).

Todavia, hoje,
O que quero com o quero-quero,
Do quero-quero,
É  ir pelos ermos fazendo fazendas,
Mas não somente pelos ermos
Ir   plantar ermidas para anacoretas
Em meios aos edifícios,
fazendo fazendas
Até que o campo
E os campesinos mudem para cá,
Pois melhor seria que a cidade e a metrópole
Se bifurcasse em duas
Com o campo em meio ao concreto
Paulatinamente desarmados,
Não mais desavorados,
Mas com árvores plantadas
Até no corpo do homem,
Pois é assim no homem
Que não é povo, mas um ser,
Um ser algo jardim do éden e de Epicuro,
 com árvores da vida e do conhecimento.
( Claro como água benta
Que  o clima responde mais pela umidade
Que a cidade em felicidade,
Porém há um clima
Entre o homem e a cidade
Tal qual o clima
Entre o homem e a mulher
Que se amam à sombra dos outeiros :
E também uma química, uma alquimia
- um clímax! )


Mas que o campo continue
A ser só o campo
Com casa de campo
Homem do campo
Cavalo campeão
Vaqueiro e peão
Menino e pião
Cantor e canção
No sertão da serra do matão
Em algum gerias que fala por si,
Grita no estribilho do gavião
Que sobrevoa o vôo a planar.

O homem virado em povo
Não sabe nem mais respirar,
Nem mesmo que é essencial respirar,
Pois perdeu a autonomia
E  se transformou em autômato :
Terá que aprender com políticas respiratórias,
Pois tudo vira política
Enquanto  o bom e belo besouro vira-bosta
Cumpre sua vida simples
Sem  praticar ioga
Ou que estiver em voga
No mundo dos escaravelhos,
Velhos, vetustos coleópteros
De asas negras
E vida alva como a Alba
Que se anuncia em clarim
e renuncia a caserna
que prenuncia o festim,
o florete do espadachim...

Deixem-nos livres
Girando girinos
Gerando gerânios
Na gira não-geométrica
Dos mistérios dionisíacos.

(PARA O LIVRO “ Recolha de poemas em ditirambos Escritos no Corpo de Baile das Grandes Dionísias”).
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sábado, 14 de setembro de 2013

SOCIEDADE LÍQUIDA(SOCIEDADE LÍQUIDA!) - verbete wikcionario



"Tudo o que era sólido se desmancha no ar" é uma frase de Marx com fulcro no pensamento de Heráclito de Éfeso : "Tudo flui - tudo é e não é". Este "tudo" é o "todo", o "uno", o "Hen panta"de Parmênides; enfim, o ser. A oração de Marx também influiu no pensamento de Bauman quando disserta sobre a a "sociedade líquida"(sociedade líquida!), "Amor Líquido" e "Globalização:  as consequências humanas" e Vidas desperdiçadas", livros de sociologia que são mais tragédias filosóficas em prosa e em ciência que qualquer outra coisa proveniente da alma humana, na acepção do estagirita.
O filósofo Aristóteles já havia parado essa sangria quando coloca as categorias,mormente a substância, no mundo real, com se fora um demiurgo do "logos" e da lógica. O estagirita anula parcialmente o pensamento da viração permanente do pensamento heraclítico, do vir-a-ser instantâneo que não permite tempo para que qualquer coisa seja ou seja e não seja simultaneamente ou quase em simutaneidade. Faz parecer que essa mudança é absoluta, não guarda tempo de relação ou para relação, o que é um equívoco  mesmo no universo subatômico da física quântica, que labora sob o tempo da luz ( tempo em velocidade). Aliás, por quê física quântica e não química quântica, já que trata dos átomos? Ah! porque, evidentemente, o critério é outro em cada caso ou cada mundo e que se passam os fatos.
O contemplar estática ( e em êxtase) de Parmênides aborda o ser e o dicotomiza em ser e não-ser em contraponto à contemplação móbil heraclítica.
Esta visão de "Sociedade Líquida", algo trágica, com rasgo de tragédia grega, pois constrói e destrói relações e valores, edifícios colossais, grandes corporações num átimo,  é a mesma ideia heraclítica fundada na força natural , mas em outro contexto cultural, historial, social, econômico, político, etc., transmutada para o capitalismo, o motor incontrolável do mundo do homem moderno, coevo; o mesmo  cosmos mutável, "líquido" no rio que nunca flui o mesmo duas vezes ( o rio que somos, que fui  e flui em sangue, células, moléculas, pele, ossos; enfim, no corpo e na mente, na mente enquanto metáfora dos produtos do cérebro, lembra que nunca fui duas vezes também, ó rio!), esse cosmos cujas mutações frequentes inquieta Platão e Aristóteles, veio a jorrar na produção humano, na sede ilimitada,  infinita, faustiana do capitalismo, derrogando valores tão caros ao ser humano, tornando impossível a permanência do casamento, da empresa que não se modifique consoante os ditames do mercado ( novo ditador cruel, não mais desumano, como o ditador humano, mas inumano : o mercado abstrato e real que massacra com seus tanque de guerra mercantil, seus helicópteros apaches, seus "robocops", impondo a liquidez em tudo, mesmo no amor mais terno e com sonho de eterno); enfim, derribando tudo, inclusive as crenças, a fé : tudo o que é humano e dá conforto, não importa a verdade ou o que se venda e compre como como verdade. Verdade?!...
O senso da liquidez das coisas, está em símbolo no jogo do xadrez, do xadrez em desenho em preto e branco no tabuleiro : jogo de claro-escuro,
luz e sombras. Dí-lo com propriedade o Predicador, num contraponto que não refoge ao ponto o tema : "Nada de novo debaixo do sol", ou seja, a mudança é antiga sob o sol e, ao mesmo tempo, essa mudança contínua acaba se contrapondo em fixidez, rigidez, estabilidade, paradoxalmente.Todavia, a mudança na frase do predicador  soa contrapontística, pois sua assertiva é que nada muda, mas ao afiançar isso, para obnubilar o mundo real e o sol, joga sementes de metáforas no sentido oposto, asseverando que tudo muda... - por isso, portanto, nada é novo, nem mesmo a mudança, que é mais vetusta que o sol : todo  o conhecimento é um paradoxo. Aliás, isso nos remete, de certa maneira, à tese de Antístenes, pois absolutamente não se pode declarar o falso, numa oração, nem tampouco evocar o contraditório, princípio bailar do conhecimento, mesmo porque o conhecimento é mais complexo que a realidade. A realidade não passa por palavras; logo, não se perde nessa indevassável trilha.

( Para o ensaio "Historiografando em geóglifos ideias esdrúxulas ao aprisco desde priscas eras heraclíticas").
 
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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

SUBSTÂNCIA(SUBSTÂNCIA!) - glossário glossario verbete

Cobra Urutu Cruzeiro
Sugiro a Deus,
se é que Ele continue a ser elencado
entre os seres,
- que reinvente, recreie-nos!, crie, recrie - o tempo,
modificando-o, inovando-o no ovo,

( ab ovo e - "abre ovo!" )...
- Sugiro!,  enquanto sujeito,
que o tempo não seja mais algo fixo,
porém um portal aonde possa passar o ser humano
- portal de entrada e saída
de um mundo que foi real
e continue sendo-o na senda,
na venda, no escambo, 
no amor que arrepia...
ao bel prazer de cada um
que vá e venha em revisita
a um tempo antigo que retorne ao cotidiano,

que vá  a pé, agora e hoje,  ao pretérito
e do passado ao hoje e agora
seja um passo
ao paço(paço!),
porém não enquanto e apenas 
as penas de uma memória nostálgica,
mas íntegro, completo, 
com todo o seu cosmos,
plexo, nexo, sua complexão e compleição,
a qual fornecia corpo e alma,

espaço e tempo,
para todos aqueles seres humanos
abrigados na casa daquele tempo
em que o templo, agora em pó,
a consonar com a profecia,
estava em pé com pedra calcando-o
e ao pé  do tempo

e da escadaria que corria ao templo
feita criança efusiva.

Templo no tempo, então,  em retorno pleno,
na categoria substância(substância!),
que sustem a tese de Aristóteles.
Templo no qual se ouvia recitar 
( e se pode ou poderá ouvir 
a qualquer instante)
o arcanjo e o serafim
em preces sem fim
- com récitas para três violinistas azuis-miosótis
e dois violinistas verdes-rãs,
com face no anfíbio,
no sátiro, no fauno...

 
Sugiro à divindade 

que eu possa visitar,
revisitar,
o tempo em que meu filho e minha filha
cabiam no espaço emoldurado 

das teias de teses que a aranha esqueceu de arranhar,
- teses, em tese!, de susbstância temporal
que os vestiam com tez de crianças
e eu com um capote de pai inexperiente,

pele incipiente...

Faço esta sugestão,

que é uma eufêmia,
ao Ancião dos Dias :
que eu possa retomar o caminho
( ou ir ao sapato!)
da casa paterna e materna
como quando eu era criança
e podia conviver com meu pai e minha mãe
naqueles tempos de antanho
com fogueira de São João a queimar
e estanho a espocar seu grito de lata
( o grito do estanho no quadro 'O Grito"
- de um Munch boquiaberto
entre a corrosão da ponte
e outras ligas metálicas
que não possuem o metal cassiterita,
de onde vem o óxido originário do estanho).

Liga metálica e não-metálica
de estanho com estranho!,
sugiro ao senhor Deus dos homens justos,
dos homens de bem,
dos virtuosos arrolados em Ética a Nicômaco,
da lavra do filósofo estagirita,
( quão presunçoso sou e solução na solução!
- que tudo apaga com rasto d'água)
que o tempo soprado no oboé da bolha
- como melodia da infância,
insuflada pela oboísta-criança,
crie, recrie, recreie com o universo-tempo
aonde possamos trafegar,
trafalgar, quiçá,
antes que o demônio no homem
tome pé sobre as cristas das ervas escarlates
derreadas no sangue derramado inutilmente
pelo punho-punhal em serviço nas aras,
porque ruim o ser humano é
e tão nocivo
que o santo
é sua pior forma de perversidade
-  hedionda!
( Hediondas suas ondas senoidais!
O que não é de onda!...
mas de loca
onde se esconde a louca moréia,
sob arrecifes, restingas:
escolhos que não  escolho
olho no olho,
dente no dente...dentina!).

Sujo sugiro ao deus dos totens e tabus,
dos caititus, das urutus , dos urubus,
porém não do que o arcabuz
busca
no rastilho da pólvora
- em polvorosa!
( Goza e glosa
a morte de um grande diabo
que está no mundo
e é o mundo no giramundo
e no redemoinho que enreda
o vento moenda na moenda
- dos glosadores!);
sugiro  no giro do redemoinho
d'água e vento,
ao deus do redemoinho,
ao velo velho do vento em espiral...
- a estes com dez denários, enfim,
sugiro, por mim e para fim,  esta hipótese :
que o que nos enfileira em leva de prisioneiros do mal
é o grande diabo que mata
quando nos esgueiramos sorrateiros na mata
ou nos protegemos ( e aos genes!)
sob a casamata com paliçada :
ele, o grande diabo,
dá-nos, aos dentes viperinos,
uma dose do mal
que nos envenena
e leva o próximo a morte tóxica :
hemotóxica, neurotóxica.


O estado de direito
ou sem direito : de fato, 
é o grande demônio
devorador de homens.
Não, Rousseau, o homem não é
de todo mal,
mas quando em   instituição
ou na forma coletiva,
ou seja : em sociedade corruptora, 
o estado é um diabo fora de controle,
que domina e embriaga seus pretensos controladores,
seus políticos e seus pensantes cientistas geopolíticos:
é a polícia que massacra indefesos,
enquanto corporação(corporação!)
ou corpo de monstro sanguinário,
o juiz que age pelo algoz,
o direito que aniquila as mentes
com seus embustes doutrinários
e seu doutos escravos e mendazes,
pois tudo o que é oficial é mendaz :
mente descaradamente tal qual, ou mais,
que a mais mendaz das marafonas.

O mundo é o grande diabo preto e branco
- em preto e branco crucificado no xadrez,
n'álma das crucíferas
cruzeiras no céu noctívago
e na cabeça da urutu
rastejante qual arroio de rocio 

marcadas por patas de rocim com veneno
- e cruzeiro benzido na testa
( essas urutus cruzeiras!
com o sinal da santa cruz
na terra da Vera Cruz))
sob as ervas daninhas
aninhadas na terra chã,
ao rés do chão,
por escabelo dos pés...
de Nossa Senhora,
a Virgem Imaculada
que pisa a cabeça da cobra
no céu radiante

Entre nós, a nos separar,
não a nos atar nuns anuns,
no meio do caminho do "pinhéu" onomatopaico do gavião,
a alguns passos dos sapatos,
a urutu nos guarda do nosso amor. 

Bothrops alternus no Rio Grande do Sul, no Brasil.
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quarta-feira, 31 de julho de 2013

FUSÃO(FUSÃO!) - enciclopédia enciclopedia



O riacho corre na terra
e pé ante pé
lava pé
louva a pé
arrasta-pé
lambe pé
de oiti.( O outi
é raiz de ti.
Radícula).

O arroio Lambe-Pé
chora copiosamente ao sopé da montanha
e da montante à jusante
chora e rola no chão.
Menino traquinas!

Rio é choro no solo
choro alegre com cavaquinho,
puro...puá!
- Chuá! - diz a água
sem mágoa, mansa
- ansata cruz originária de manancial
que entra entranha adentro
sem ser estranha, estrangeira.
( Água é mansa mesmo em torrente bravia
- água é  Jesus em mansuetude de ovelha
ouvido o balido
nas écoglas dos poetas árcades,
conjurados, - mineiros
na corrida do ouro
tangendo pastorais
nas Minas Gerais
das gemas gerais,
do ouro preto,
bronco, branco ouro,
que doura e douro,
ouro recoberto pelo amarelo das minas
em seus filões
naufragados nos galeões
sob um mar de Espanha
sepultados em água
da terra de Minas Mineral : terra mineral,
que bebe e dá à sede
água mineral a beber;
Minas-terra dos organismos minerais,
em geoglifos nos vegetais, animais
e minerais que unifica
- no amor de terra e água.
Amor : fogo de fusão(fusão!),
faísca, lampejo,
fiat lux,
paixão, pathos, pacto no sangue,
na concepção que aqui se abre
em novo naipe filosófico. Tópico.
Minas do homem mineral,
solar : no céu abobadado, em arco,
na mão do arqueiro
e na terra radicada na abóbora,
nutriz do fruto da aboboreira
cuja cor corta a corda
do quão se pinta e sulca o desenho.
Cabeça de cavaleiro sem cabeça
- em terra!
Minas Mineral do homem solar e telúrico
em queda para o girassol
que bebe sol e devolve céu
- no carbono).


Peso o pé no que pesa a água
que pisa a torre inclinada de Pisa
- campanário ao pé d'água bravia.
Sopesa o tombadilho em fuga
para um surrealismo em luta
com o diabo dali
pesando no pesadelo Íncubos e Súcubos
entre espaços imensos
vigiados de torres solitárias
no espaço sem olhar algum
de dentro para fora:
espaço em obras de Giorgio De Chirico
que fere de solidão a reciprocidade.

À água e ao pé-d'água
acho o profeta
vestido de mariposa
aprestado para a revoada.

É um pé de água
deitado,
em amplexo amoroso-caudal com a terra.
- Sou eu em soro na orla ribeirinha.

O ribeirão é um homem em horizontalidade,
na fluência fluvial, fluminense,
no sono, no sonho, no sexo,
A chuva é outro ser humano
na verticalidade pluvial
em que embarca a barcarola.
O homem é o plano cartesiano
em pluviosidade
e vice-versa no horizonte fluvial para ribeiro:
um pote que bebe as dimensões
que a água toma.
O ser aquático-humano
meio peixe, metade homem,
no deus que encarna
em escamas na sereia.

A mulher é a cruz cartesiana,
crucífera
onde deita o homem
desde os primeiros vagidos
e mesmo antes, no ventre,
e após o apagar da aurora...
no movimento que sai do devir. 

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